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Resumo Geral do Evento

Relatório MOBIFILM, 1º Festival Brasileiro de Filmes Sobre Mobilidade e Segurança Viária, que aconteceu entre os dias 12 a 14 de agosto no Centro Cultural São Paulo

 

Idealizado por Eduardo Abramovay e produzido por Leonardo Kehdi, com patrocínio do BNDES e copatrocínio da Petrobras, o evento foi inspirado no Global Road Safety Film Festival, com edições em Marrakech, Paris e Genebra

 

A programação, gratuita, trouxe uma seleção de 88 filmes, selecionados entre os mais de 250 inscritos, exposição com curadoria de Baixo Ribeiro e seminário com especialistas em mobilidade urbana e violência no trânsito

Curtas "Em trânsito, de Marcelo Pedroso, e "Jegues", de Chris Agnese de Gil Chagas

O Brasil é um dos campeões mundiais de violência viária. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 mil pessoas morrem todos os anos e 500 mil ficam feridas nas ruas e estradas do país. Os acidentes são reflexo da grave crise de mobilidade vivida no Brasil, com o trânsito caótico das grandes cidades e prejuízos que somam bilhões.

 

Para refletir sobre essas questões e propor soluções à população, o MOBIFILM aconteceu entre os dias 12 e 14 de agosto de 2016 no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na capital paulista. Totalmente gratuita, a programação trouxe uma seleção de 88 filmes nacionais, entre documentários, animações, curtas e longas-metragens,  webseries e vídeos institucionais, que abordam a mobilidade urbana e a segurança no trânsito. As sessões foram realizadas no sábado (13), das 14h às 22h, e no domingo (14), das 14h às 17h, nas salas Spcine Paulo Emílio e Lima Barreto. Competitiva, a mostra premiou os vencedores com troféus e bicicletas, e o vencedor do Festival com um Air Wheel.

 

Entre os títulos participantes estavam os curtas “Em trânsito”, de Marcelo Pedroso, um pequeno musical sobre a tragédia dos projetos desenvolvimentistas automobilísticos em curso no Brasil e, em particular, no Recife; “Plano Aberto”, de Elder Barbosa, sobre jovens militantes que lutam contra o encarecimento dos transportes públicos e a exclusão social na periferia do Rio de Janeiro; “Jegues”, de Chris Agnese e Gil Chagas, que mostra como o animal de carga vem sendo substituído por motocicletas e, abandonado nas ruas, se tornou causa de acidentes rodoviários no Nordeste do país; e “E”, de Helena Ungaretti, Miguel Antunes Ramos e Alexandre Wahrhaftig, que alerta para as transformações na paisagem urbana, que converte cinemas de rua, casas antigas e terrenos arborizados em estacionamentos “paisagísticos”.

 

Também na mostra de filmes, o premiado documentário “Motoboys – Vida Loca”, Caíto Ortiz, que registra in loco a vida de cinco motoboys, entre eles uma motogirl, revelando sua intimidade, comportamento, medos e sonhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Plano Aberto”, de Elder Barbosa, e “E”, de Helena Ungaretti, Miguel Antunes Ramos e

Alexandre Wahrhaftig

 

O relatório da Spcine, aponta uma média de 40 pessoas nas sessões de cinema. Nas faixas mais tradicionais, das 16h, 18h e 20h, a média foi superior a 50 pessoas por sessão.

 

 

EXPOSIÇÃO MOBICULTURAL

 

O festival trouxe ainda em sua programação a exposição MOBICULTURAL. Com curadoria de Baixo Ribeiro, do Instituto Choque Cultural, a mostra exibiu nos três dias do evento uma instalação temporária no foyer do CCSP criada a partir de veículos esculturais não motorizados. Foram selecionados trabalhos de quatro artistas ou coletivos que têm sempre presente em suas obras a temática da mobilidade urbana.

 

De Alê Jordão, foi apresentado “Carroceiro”, do Coletivo BijaRi, “Praças (Im)possíveis”, de Narcélio Grud, “WCiclo” e de Robson Correia, criador da Bicicloteca, o “Carrinho Rodante”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carroceiro, de Ale Jordão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

WCiclo, de Narcélio Grud

 

 

 

 

 

 

 

 

Praças (Im)possíveis, de BiJari

 

 

Bicicloteca, o Carrinho Rodante, de Robson Correia

 

 

 

SEMINÁRIO INTERNACIONAL

 

Organizado pela ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos, o seminário internacional do 1º MOBIFILM foi realizado no dia 12, sexta-feira, com início às 10h, na sala Adoniran Barbosa do CCSP. O evento foi aberto ao público e teve dois eixos temáticos.

 

Para discutir Mobilidade Urbana (10h – 13h), foram convidados três especialistas: Nabil Bonduki, vereador (PT) e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP; Paulo Saldiva, médico patologista e um dos maiores especialistas no mundo sobre o impacto da poluição atmosférica na saúde da população e Rovena Negreiros, advogada e gestora pública com especialização em políticas urbanas e de desenvolvimento regional, atual diretora adjunta de análise e disseminação de informações da Fundação Seade.

 

Como mediadora da conversa, a arquiteta e urbanista Kelly Cristina Ferreira, que atuou na ampliação do sistema metro-ferroviário paulista e trabalha no desenvolvimento de planos voltados especialmente aos meios não motorizados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nabil Bonduki e Paulo Saldiva

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rovena Negreiros e mediadora Kelly Cristina Ferreira

 

Do debate sobre a Violência no Trânsito (14h30 – 17h) participaram Jilmar Tatto, atual secretário municipal de transportes de São Paulo, que assumiu a pasta com a missão de implantar 150 km de corredores e 200 km de faixas de ônibus, 400 km de ciclovias, novos radares e o Bilhete Único Mensal; a catalã Anna Ferrer, consultora internacional de mobilidade e segurança viária, que por oito anos atuou na Direção Geral de Trânsito da Espanha, reduzindo as mortes no trânsito do país de cinco mil para duas mil por ano; e José Police Neto, vereador (PSD) e presidente da Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara Municipal de São Paulo, autor de diversos projetos ligados à mobilidade urbana, como o da regularização dos aplicativos de compartilhamento de veículos, entre eles, Uber e WillGo.

 

A palestra foi mediada pela arquiteta e urbanista Irene Quintáns, que trabalhou nas prefeituras de São Paulo e Barcelona e atualmente é consultora de urbanismo, tendo também fundado a Rede OCARA, que reúne projetos realizados com crianças latino-americanas nos campos da arte, arquitetura, mobilidade e espaço público.

 

O seminário recebeu mais de 180 pessoas e foi transmitido por streaming, tendo uma audiência de mais de 250 pessoas via web.

 

O seminário pode ser conferido na íntegra no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=rrA1b5aDfLc

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jilmar Tatto e Anna Ferrer

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

José Police Neto e mediadora Irene Quintáns

 

 

 

 

 

 

Após o debate, houve sessão de perguntas por parte de Entidades e ONGs convidadas,

como “Não foi Acidente”, “Corrida Amiga”, “Sem Carro”, “CicloBR”

 

 

ENCERRAMENTO E PREMIAÇÃO

 

Segue abaixo a relação dos filmes premiados em cada categoria. Além de troféu do MOBIFILM, todos os vencedores foram presenteados com bicicletas Houston Foxer e uma bike Audax 60 foi sorteada entre os participantes da cerimônia. O ganhador da bicicleta sorteada foi Mario Divo, representante da FIA/ONU.

• Melhor Filme do Festival: Em Trânsito, dir. Marcelo Pedroso

• Categoria TV: Motoboy a 110, dir. Ricardo Matias e Vitor Sá

• Categoria Animação: Se essa rua, se essa rua, dir. Paula Vanina Cencig

• Categoria Publicidade: Vacilão Armando, dir. Gabriel Nobrega

• Categoria Vídeo Cidadão: Sobre a pressa de viver, dir. Pedro Diniz

• Categoria Produção Independente - Curtas: Massa Crítica - lavando a alma, dir. Natalia Neni Amaral

• Categoria Produção Independente - Médias: Direção Incerta, dir. Felipe Elias e Matias Lovro

• Categoria Produção Independente - Longa: Luto em luta, dir. Pedro Serrano

• Categoria Webtv: Sem carro - São Paulo de bike, dir. Mabel Feres e Roberta Dabdab

• Categoria Oficiais: Não são números são vidas, dir. Henrique Marchina

• Categoria Entidades e ONGs: 25 segundos, dir. Fundação Thiago Gonzaga

• Categoria Universitários: Travessia - muita vida após a balsa, dir. Ana Paula Moreira

• Categoria Estudantes: Troféu, dir. Matheus Lima, Leticia Rayanne e Pamella Alexsandra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mestre de Cerimônia, Atriz Eliana Fonseca e Nabil Bonduki premiando

o filme da Fundação Thiago Gonzaga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Troféu para os vencedores e Bicicleta Audax sorteada entre o público presente

 

Compareceram à cerimônia de premiação e encerramento cerca de 120 pessoas. Como mestre de cerimônias, tivemos a atriz e cineasta Eliana Fonseca, entre os presentes estavam paraninfos que premiaram as categorias vencedoras, como Thiago Taboada (Spcine), Maria Rita Kehl (psicanalista e escritora), Mario Divo (representante da FIA/ONU), Anna Ferrer (consultora internacional de mobilidade e segurança viária), Nilton Gurman (ONG Não foi Acidente), Luis Carlos Mantovani Néspoli (ANTP) e Nabil Bonduki (Vereador).

DIVULGAÇÃO

 

A divulgação do Evento se deu por assessoria de imprensa, disparo de email marketing, anúncio nas Revistas Brasileiros, Carta Capital e Guia da Folha de São Paulo, afixação de cartazes nos terminais de ônibus da SPTrans, Cartaz exposto no CCSP, catálogo com a programação do evento, página no Facebook, distribuição de flyers e veiculação de spots na rádio Eldorado FM.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cartazete exposto no CCSP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Banner na Sala Adoniran Barbosa no CCSP

 

 

 

 

 

 

 

MOBIFILM

1º Festival Brasileiro de Filmes sobre Mobilidade e Segurança Viária

Evento de 12 a 14 de agosto de 2016 – Centro Cultural São Paulo

Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso (Metrô Vergueiro), São Paulo

 

 

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