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MOBIFILM 2017

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MOBIFILM 2017 recebeu 90 filmes, classificou 47 e premiou 19. Houve boa presença  de filmes sobre e de ciclismo, entre os quais se destacaram  o "Mobilidade Linda", do coletivo cicloativistas, com apresentação de Cazé Peçanha e um filme histórico de Renata Falzoni: "Bicicleta Brasil, Pedalar é um direito", registro de  viagem de São Paulo a Brasília, em 1997. Renata e um grupo  partiu de São Paulo e ao longo da viagem foram agrupando apoiadores, chegando a Brasília em uma caravana que foi escoltada em Brasília até o palácio do governo pela população, obrigando, pela pressão FHC a recebe-los, o que fez com extrema simpatia aliás. Recebidos, conseguiram introduzir a bicicleta no código e presentearam FHC com uma mini-bicicleta. 

 

A área de urbanismo também esteve presente no evento com 3 filmes do coletivo URB-I, que intervém nas ruas fazendo uma operação civilizatória, resignificando os espaços, reorganizando o trânsito e devolvendo as ruas aos pedestres. Igualmente a abertura da Paulista foi premiada, com dois filmes discutindo seu fechamento. 

 

Entidades oficiais tiveram presença no evento, com filmes da Prefeitura de São Paulo, TV Assembleia de Minas Gerais, Detran Paraná e Prefeitura de Juiz de fora. 

 

O filme vencedor geral é muito especial, Subsolo, porque conta a loucura que foi a ação de construir a Av.. Paulista por debaixo da terra, junto com a movimentação provocada pelo Metro. Ação esta feita pelo prefeito Figueiredo Ferraz, no governo Laudo Natel. A Av.. Paulista correria toda por debaixo da terra , e por cima seria apenas um bulevar. Com as obras já em avançado estado, Figueiredo caiu nas más graças dos militares que mandaram fechar o buraco.. Deste, restou apenas a ligação Paulista-Dr. Arnaldo. O buraco ainda está lá e Sônia Guggisberg mostra sem medo. Depoimentos de vários personagens que viveram a época (Boris Casoy, herdeiros de Figueiredo, vários arquitetos e urbanistas).

 

Grande presença de filmes fortes sobre o assunto violência de trânsito, entre os quais se detaca: The Crash Buquet (o bar serve  bebidas aos jovens em baldes feitos de restos de veículos acidentados) e Carona de Pai, da  reconhecida ONG Vida Urgente (RGS), onde pais que tiveram seus filhos mortos em acidentes de trânsito dão carona a jovens que iriam dirigir depois de beber. 

 

O evento foi bastante feliz. Tivemos cinco sessões de uma hora. A sessão final tinha mais de 100 espectadores na sala. A maratona de filmes não cansou pois havia sempre filmes inusitados e de qualidade. A cerimônia de encerramento e premiação foi extremamente emocionante. Tocantes foram as falas de Bruno Assami, Alexandre Machado,  Milá Guedes (cadeirante)e do Prof. Paulo Saldiva. Luiz Carlos Branco Néspoli, que vai direto ao ponto, Meli Malatesta que não deixa por menos, Américo Sampaio, Luiza Andrada, Geovanna Cypreste que deu o recado da produção independente no país e o jornalista sobre duas rodas, Arturo Alcorta, entregaram ao evento seus generosos pontos de vista e os prêmio.  A presença da família da protagonista do filme "Ana, Cacá e a Chuva" criou um clima de extrema simpatia. 

 

De se destacar o fato do evento não ter obtido patrocínio ou apoio material algum.  Apesar disto foi tão bem sucedido que recebemos dezenas de mensagens de apoio e agradecimento.

 

A comunicação é parte constitutiva de qualquer  política que vise combater a barbárie no trânsito e mudar o caos urbano. Acreditamos que demos nossa contribuição. 

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